Em conversa no podcast Acompanhadas, Camila Gentille, CEO da Exclusiva Sexshop, defende o uso de vibradores para todos os gêneros e gostos. Segundo a especialista, o sexo masculino tende a temer que suas parceiras prefiram o uso de vibradores ao sexo em casal, desencorajando-as a explorar novos prazeres: 

“Os homens precisavam entender que o corpo feminino necessita de muito mais estímulos para a excitação e lubrificação do que o corpo masculino. O uso de um vibrador auxilia a mulher a chegar no nível de excitação necessário com mais facilidade”.

Para melhor compreensão do argumento exposto, Camila explica que o homem demanda uma irrigação sanguínea quatro vezes menor do que a mulher para que seu corpo atinja o nível de excitação necessário para a consumação do ato de forma satisfatória: “Por já estarem com desejo, os homens, de forma geral, não costumam dedicar tanto tempo no momento de excitação. Justamente por não entenderem que sua parceira, por mais que esteja com vontade, ainda leva um tempo a mais para estar preparada”. 

Além disso, é fundamental trazer à luz a dupla jornada de trabalho da mulher contemporânea, que demanda tarefas de forma excessiva e a impede de desfrutar de prazeres em sua rotina, ao passo que homens, por sua vez, são seres que recebem estímulos visuais diariamente. 

A facilidade masculina de obter irrigação sanguínea para a ereção também é originada por este fator. Segundo Camila, todo contato que o homem tem com uma mulher em seu dia, estimula seu lado sexual. 

“Quando o homem chega em casa, depois de um dia inteiro de estímulos visuais, sua vontade é deitar na cama e transar. Já a mulher, quando chega em casa, a primeira coisa que escuta é o filho pedindo ajuda na lição de casa”, comenta a sexóloga. “E ainda nos parabenizam por sermos guerreiras. Não quero ser guerreira, quero poder chegar em casa e transar com meu marido”, finaliza.

O uso do vibrador é benéfico para além de a mulher ampliar o conhecimento sobre a vida sexual sozinha, mas também para que o casal obtenha um momento igualmente satisfatório para os dois.

Embora o preconceito vigente, Camila revela que, ultimamente, o número de homens clientes em sex shop tem aumentado. Há alguns anos, o público principal consistia em mulheres sozinhas, e a presença de homens limitava-se a acompanhar a parceira. Hoje em dia, tem-se um número crescente de homens que se propõem a explorar mais, consumindo brinquedos sexuais, óleos, vibradores penianos, entre outros. 

Sabendo disso, a CEO da Exclusiva Sexshop indica o vibrador mais vendido no Brasil, cujo funcionamento é dado a partir de ondas de ar. Esse produto é constituído de silicone cirúrgico e possui uma tecnologia de sucção que, através do vácuo, simula uma pulsação vibrante que suga e repele o clitóris. Além disso, este tipo de vibrador é recomendável por sua duração, funcionamento de bateria e possibilidade de ser utilizado em conjunto. “Eu uso o meu tanto no trabalho quanto na vida pessoal”. revela Nina Sag. O objeto também é indicado para aqueles que desejam realizar o sexo anal, cujo orgasmo é o mais intenso.

Para a compra de vibradores, Camila alerta que alguns pontos devem ser levados em consideração: qual o tipo de orgasmo desejado, a garantia e o material. É recomendável que o consumidor opte por vibradores movidos à bateria e confeccionados com silicone – já que o acrílico é um material de difícil higienização. É destacado que meninas em idade jovem preferem vibradores de sucção, enquanto mulheres com mais tempo de vida e experiência preferem vibradores de penetração.

Para finalizar, a “rapidinha”, quadro já tradicional do podcast, é colocada em prática. Para algo que todo mundo deveria ter, Camila responde “sugador clitoriano”. Para ela, o que um casal mais necessita quando enfrenta problemas na cama é comunicação. Ser empresária no mercado erótico, para a CEO, significa “lucrar com o prazer dos outros”. E, por fim, sua inspiração é a si mesma, que conseguiu empreender em cima de um tabu e se colocar no mercado. 

Gabriel Pinheiro

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