Em conversa no podcast Acompanhadas, produzido pelo Fatal Model – maior site de acompanhantes do Brasil, a anfitriã Nina Sag e o co-host e acompanhante, Tom Fernandes, entrevistam a Dra. Ana Escobar a respeito do papel dos pais na educação sexual dos filhos. A especialista é formada em pediatria pela FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo) e atua como médica consultora do programa Bem-Estar, da rede Globo.
Ao abordar sobre a importância da educação sexual na infância, Nina Sag revela que, como profissional do sexo, enfrenta desafios em apontar para sua filha de 15 anos o certo e o errado no que diz respeito a condutas sexuais. “É uma profissão não respeitada pela sociedade e, por vezes, nossos filhos sofrem essa influência que nos estigmatiza e nos desmoraliza como pais” afirma a host.
Tom Fernandes defende que sua postura como pai é rígida e que se preocupa em corrigir os erros de seus filhos. “Um dia percebi que meu filho de 7 anos estava assistindo vídeos de conteúdo adulto na internet. Minha reação não foi punitiva ou agressiva, tanto porque entendo que ele chegou naquela página através de anúncios de outros sites. Contudo, expliquei a ele que aquele tipo de site não era adequado”, conta o profissional.
O acompanhante questiona a Dra. Ana sobre qual seria a idade que ela considera ideal para iniciar a conversa a respeito de temáticas sexuais com seu filho. “Quando você percebe que ele começou a ter curiosidade, isto é, no momento em que ele passa a fazer questionamentos. Importante compreender que sua resposta deve sempre se ater ao nível de maturidade do filho e ser compatível com a idade dele”, responde a entrevistada.
Apesar da modernidade e do excesso de informação que rodeia as crianças na atualidade, a educação sexual ainda categoriza-se como tabu. Tom revela que, durante sua adolescência, sentia-se culpado ao realizar atos que lhe proporcionavam prazer, como a masturbação. “Cresci em uma família religiosa que enxergava a sexualidade e o prazer como um pecado. As pessoas tendem a chocar-se quando relato isso, mas demorei a me libertar de certos conceitos. Justamente por isso proponho um diálogo aberto com meus filhos”, conta.
Os acompanhantes concluem que, em razão do preconceito que persiste na sociedade em relação à profissão de acompanhante, torna-se mais complexo repassar valores éticos para seus filhos. Dra Ana, por sua vez, defende a profissão e alerta para a importância da conversa com os adolescentes. “Toda profissão merece respeito e não podem tirar sua autoridade sobre seus filhos” finaliza a médica.
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