No podcast Acompanhadas, Bruna Surfistinha falou sobre a sua opinião atual a respeito da prostituição e como ela mudou ao longo dos anos. Inicialmente, Bruna não tinha restrições quanto à legalização da profissão e lutava para que ela fosse reconhecida, com todos os direitos e garantias trabalhistas. No entanto, em 2019, sua visão mudou após participar de um debate com outras mulheres.

Uma das mulheres que participou do debate era uma senhora de 60 anos que se prostituía desde os seus 20 anos, cobrando entre R$ 20 e R$ 30 por programa. Mesmo sendo uma feminista militante, ela não concordava com a legalização da profissão. Após ouvir as histórias dessas mulheres, Bruna começou a enxergar a prostituição de uma forma diferente.

Ela percebeu que muitas mulheres não têm escolha e precisam se prostituir para sobreviver. Elas não têm prazer na atividade e não podem enxergá-la como uma profissão, mas sim como uma forma de ganhar dinheiro para sobreviver. Num cenário como este, segundo ela, a legalização da profissão poderia acabar prejudicando ainda mais essas mulheres que estão em situação de vulnerabilidade, ao invés de protegê-las.

Bruna ainda pontuou que, mesmo com as diversas oportunidades que surgem na internet, ainda existem mulheres que não têm escolha e acabam se prostituindo. Ela citou o exemplo de mulheres que cobram R$ 5 ou R$ 10 em São Paulo, e que já estão acostumadas com esse estilo de vida. Para Bruna, é importante entender que a prostituição não é uma escolha para muitas mulheres e que, nesse caso, não deve ser tratada como uma profissão comum.

A opinião de Bruna Surfistinha sobre a prostituição é um reflexo da complexidade do tema. Embora a legalização possa trazer alguns benefícios, como a garantia de direitos trabalhistas, é importante levar em conta a realidade de muitas mulheres que se prostituem por necessidade. É fundamental buscar soluções que protejam essas mulheres, ao invés de colocá-las em ainda mais situação de risco.

Por conta disso, a host do Acompanhadas, a acompanhante e porta-voz do Fatal Model, Nina Sag, argumentou que, hoje, existem outras opções de trabalho que diminuem os casos de prostituição somente por necessidade. Lembrou ainda que muitas mulheres estão neste mercado por vontade própria. “A regulamentação talvez equilibraria isso de meninas que ficam em lugares vulneráveis”. disse.

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